domingo, 31 de maio de 2009

Ofício

Ontem cá estava eu lendo um artigo intitulado [URL=http://playthisthing.com/mothers-dont-let-your-children-grow-be-game-developers]"Mães, não deixem seus filhos serem desenvolvedores de jogos"[/URL] (em inglês). Em resumo, ele fala das dificuldades dos profissionais dessa área e de como alguns estúdios tocam mal o negócio.

Mas ele também aborda um assunto com relação ao qual eu tenho a mesma opinião: formação superior em desenvolvimento de games. O texto diz, em certo momento "(...) e por isso que você é um IDIOTA (sic) por frequentar uma Digipen ou Fullsail - forme-se em Ciências da Computação ou arte, assim você pode arrumar um emprego em outro lugar quando se queimar na indústria. NÃO faça um curso que te prenda à mídia pra todo o sempre".

Eu certamente não concordo com a parte de chamar os outros de idiotas, mas faço coro ao que vem depois. Pelo contato que tenho (direto e indireto) com o mundo de desenvolvimento de jogos, posso dizer com alguma certeza que nenhum dos grandes profissionais de destaque são formados em cursos superiores de games - eles são especialistas em alguma área que DEPOIS aplicam à criação de jogos.

Além de garantir a vantagem mercadológica já mencionada no artigo, isso faz com que você seja realmente bom em alguma coisa. O que, na minha concepção pessoal, é muito mais útil a uma equipe do que alguém que fique nas generalidades.

Há ainda o fator tempo. Ouço algumas pessoas dizerem que fazem o curso superior na área de games para se "descobrir", e aí seguir uma carreira específica. Seria mais produtivo, acredito, investir esse tempo e dinheiro já nessa especialização. Não sabe o que quer fazer? Experimente. Junte os amigos, tente várias coisas. Não é necessário pagar as mensalidades caras das faculdades particulares para descobrir e desenvolver seu próprio talento - dado que ele existe.

Abraços e até mais