terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ka-Tching


Disse, digo e repito: Street Fighter IV e Mega Man 9 são jogos puramente e somente caça-níquel.

Outro dia o meu chefe e mentor Gabriel perguntou mais ou menos assim, meio na brincadeira: "Como a Capcom conseguiu voltar a ser tão animal recentemente?". Respondo agora. Nostalgia.

Qual a relevância de se lançar um Mega Man 9 8-bits nessa altura do campeonato? Não seria melhor fazer o retorno triunfal de outro jeito, um novo jeito, não algo que apenas represente só (de novo) nostalgia?

A franquia anda mais ou menos falida. Nem Star Force nem ZX têm dado conta de manter a moral do pequeno andróide azul nem no Japão nem nos Estados Unidos. E aparentemente apelar para as boas memórias de infância de alguns jogadores - e do gosto pelo antigo de outros - é a receita perfeita para "imprimir dinheiro". Não minto: vou querer jogar, e provavelmente me divertir com esse novo Mega Man. Exatamente como eu fazia quando eu tinha meu NES. E esse é o problema.

O novo Street Fighter é outro caso interessantíssimo. Yasunori Ono, o produtor do jogo, é como um Getúlio Vargas do mundo dos games: populista até o osso. Faz um jogo com o "espírito" de Street Fighter II, cria um bando de personagens sem a menor inspiração só pra agradar o público americano - um grande foco da Capcom recentemente, não pra menos - e fica naquele papo de como SFIII era complicado demais e como as coisas eram boas antigamente. Ler as entrevistas que ele dá me deixa com vontade de arrancar meus olhos fora e dançar tanto em cima deles.

Sheng Long no jogo? Pff.

2 comentários:

Jefferson Kayo disse...

Shen Long é o nome mais exdrúxulo que um personagem já teve.

Clayton Ferreira disse...

Seu comentário está desatualizado Jé, quase tanto o blog aqui!! O Senhor Mushi-san, vamos atualizar isso aqui heim!!

abraço