terça-feira, 11 de agosto de 2009

Histórias de XI, Dia #01: Arraste-me para o Inferno

O primeiro dia quase não foi. Não foi porque boa parte dele foi gasta fazendo a tal atualização dos 19 mil arquivos e dez horas de duração. Mas aí deixei esse meu pobre escravo tecnológico no qual escrevo trabalhando sozinho e fui dar uma volta com patroa e agregados que não possuem blogs para serem linkados aqui.

Na verdade a coisa toda terminou logo antes de saírmos. Rapidamente entrei no jogo e nesse momento nasceu Kabalski, o Monk Galkan da República de Bastok. Porque os grandões são mais fortes e másculos. Principalmente na parte que usa uma sunguinha com buraco pro rabo (literal, não metafórico) passar pro lado de fora. E aí pedi um tempinho só pra checar os controles. Deus, o horror.

Os primeiros... dez (?) minutos foram gastos na vã tentativa de andar. Sim, andar. Eu tinha ali um gigante peludo e musculoso, dotado de punhos que poderiam derrubar uma montanha, mas não conseguia sair do lugar. Teclado, nada. Mouse, nada. Galinha e farofa na encruzilhada, nada. E não ajudava muito o fato do jogo não ter nenhuma interface gráfica permanente. É a janelinha de log/chat e olhe lá.

Depois de muito sofrer descobri que era preciso clicar com o botão esquerdo do mouse e segurá-lo, apontando na direção desejada. Aí o bicho andava. Como se pode imaginar, manobrar o personagem nesse esquema de controles é tão simples quanto pilotar uma escavadeira com os pés. Leprosos.

Findo o sofrimento (ou pelo menos parte dele) decidi - ou decidiu, já que quem o fez de verdade foi a patroa - que estávamos em cima da hora para ir no cinema. "Ok", pensei. "É só fechar o jogo aqui e... como se desliga essa merda?". E lá se foram mais algumas centenas de segundos preciosos da vida perdidos para simplesmente sair do jogo. Eu não estava tentando fazer nada de complicado, juro. Só FECHAR O PROGRAMA. Eu ainda não tinha conseguido achar a PORCARIA DO MENU, no qual eu teria uma vã esperança de liberdade. Esc não fazia nada. Ok, era até esperado. ALT+F4, porém, também não fazia nada - e nesse momento o propecto de ficar preso para sempre num MMORPG onde eu não conseguia nem andar me pareceu particularmente assustador.

Um /logout resolveu o problema. Idéia da cabeça pensante do relacionamento, óbvio. Ainda sim, o jogo demora seus bons 30 segundos só pra desligar. Me soou como algo do tipo:

"Olha, o viciadinho quer parar. Quer mesmo? Tem certeza? Vou te dar trinta segundos pra pensar melhor e perceber a besteira que está fazendo. Vem, joga só mais cinco minutinhos."

De qualquer forma, me livrei dos encantos digiteis e fui assistir Harry Potter no IMAX. Filme bom. Quase gorfei durante os 15 minutos em 3D. Mas bom mesmo assim.

Na volta, me senti especialmente corajoso para outra tentativa - mas aí já tinha companhia: o Tarutaru Blackmage Dukkturr, que já havia aprendido um ou dois truques na minha ausência. Ainda assim, descobri que alt+tab fazia o jogo travar, que ele não aceita nenhum dos controles que eu tenho aqui e que a mistura bizarra de frustração com determinação é um bom combustível pra te manter acordado.

Foi só lá pelas 2:45 da manhã que eu consegui descobrir como acessar o menu (shift e -, combinação mais intuitiva do mundo), configurar os comandos pra serem compatíveis ao meu "teclado compacto" e começar a jogar que nem gente. Mas aí o texto ficou longo, então eu conto como foi o fim dessa aventura noturna no compacto com o próximo dia, pode ser?

Pode, né.

Fernando Mucioli, Espírito da Perseverança

2 comentários:

Artur Palma disse...

Vejo que FF XI é tão bom quanto depilar as bolas com sanguessugas...

A.Sato disse...

Realmente um tutorialzinho ia bem no começo do jogo ne ^^''

Haja paciência...