segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Histórias de XI

E aí que eu comecei a jogar Final Fantasy XI.

E quase que instantaneamente as vozes do além começaram a gritar: "Espera sair o XIV!", "Desinstala!", "Porque você tá fazendo isso com a sua vida!", "Faz-se carreto!".

Silêncio, cazzo, silêncio. Eu estou jogando Final Fantasy XI porque já tá pra sair o XIV. Porque o meu sentido de jornalista sem diploma me diz que, pra entender um é legal ter entendido o outro. E vice-versa. E o direito de ouvir essas outras vozes - as que saem da região posterior esquerda do meu cérebro - ninguém me tira.

Então, pelo menos enquanto durar o Free Trial no qual me inscrevi com tanto amor no coração, pretendo manter aqui um pequeno Querido Diário do meu retorno (ainda que breve) aos Mumorpegers. Have at you.

Dia #00

Geralmente quando vamos fazer essas coisas, começamos do começo. E aqui começar do começo quer dizer fazer um download de pouco mais de 2GB. Por HTTP. Via FilePLanet. Isso em termos leigos a gente resume na curta frase "Coisinha Linda de Deus".

Tanto que eu não fiz o download. Rá. Meu parceiro, sobre o qual falarei mais tarde, fez o serviço sujo, queimou um DVD e, depois de um jantar regado à pizza, entregou-me. Mas botar o bendito disco óptico no drive foi apenas o começo de uma noite torturando tentando instalar um reles joguinho.

O nome dessa tortura é PlayOnline.

Essa aberração da natureza é um serviço que gerencia conta de vários jogos online da época do PlayStation 2. Um deles era o SOCOM que saiu na época. Outro era Monster Hunter. O outro era Final Fantasy XI. E ele ainda é usado. Inclusive no PC. Inclusive no Xbox 360.

Pra resumir a conversa e proteger o caro leitor do sofrimento eterno, funciona mais ou menos assim: você cria uma conta de Trial de FFXI. Pra poder criar uma contra na PlayOnline. Pra poder criar uma conta de FFXI. Pra poder criar um (ou dois, ou três) personagens na porcaria do jogo.

E ele não deixa nem escolher a conta direito. Depois de exigir um endereço oficial completinho mais sua ficha criminal até a sétima geração ancestral, ele te gera um login formado por oito caracteres aleatórios. Letras e números. Mas se fosse só isso, tava excelente. Depois ele inventa um tal de "e-mail" da PlayOnline que você usa pra mandar e receber mensagens de DENTRO DO JOGO. Quer dizer que se eu quiser adicionar um amigo, eu não posso adicionar um amigo NO JOGO QUE EU QUERO JOGAR. Eu preciso adicionar ele NA CONTA QUE GERENCIA A CONTA QUE GERENCIA A CONTA QUE GERENCIA O PERSONAGEM. Ou algo assim,

E o endereço desse e-mail - ho ho ho - é algo do tipo "x9182039180484@PlayOnline". E eu não to nem brincando. Ao terminar a coisa, o jogo fala SALVE ESSAS INFORMAÇÕES. Não salvou na mão, usando um Notepad ou variante? LOL já era.

Ao ver que esse processo estava terminado, fiquei feliz ao imaginar que estava a um passo de começar a me aventurar. Mas fiquei triste de novo rapidinho quando vi que o jogo precisava baixar mais de 19 mil arquivos de atualização. Mandei a Square Enix tomar no cu e fui dormir.

Fernando Mucioli volta amanhã, com outro Dia e outra história

2 comentários:

Artur Palma disse...

Viu, todo post que você manda alguém tomar no cu é melhor! :)

A.Sato disse...

O divertido é q já teve tudo isso de complicação e não tá nem no começo da história =p